MARCO SITUACIONAL
A Diocese de Januária é uma divisão territorial da Igreja católica situada no extremo norte do Estado de Minas Gerais, abrange 18 municípios da região e é formada por 20 Paróquias, uma Pró-Paróquia e um Santuário Diocesano. A Diocese está subdividida em quatro setores pastorais: Setor Centro com sede em Januária: formado por 6 Municípios/Paróquias e uma Pró-Paróquia: Januária, Cônego Marinho, Bonito de Minas, Itacarambi, Pedras de Maria da Cruz e São Joaquim; população do setor: 113.458 habitantes; Setor Norte com sede na cidade de Manga: formado por 5 Munícipios/Paróquias: Manga, Montalvânia, Miravânia, Juvenilia e São João das Missões; população do setor: 58.095 habitantes; Setor Oeste, com sede em São Francisco, formado por 5 Municípios/Paróquias e um Santuário Diocesano: São Francisco, Chapada Gaúcha, São Romão, Icaraí de Minas e Serra das Araras; população do setor: 88.211 habitantes; Setor Sul com sede em Urucuia: formado por 04 Municípios/Paróquias: Urucuia, Santa Fé de Minas, Pintópolis e Riachinho. População do setor: 33.082 mil habitantes.
ÁREA TERRITORIAL POPULAÇÃO E CLERO
A área territorial da Diocese é de 38.187 Km2 , e sua população é de 292.846 habitantes. Limita-se ao norte com a Diocese de Bom Jesus da Lapa-BA; ao sul com a Arquidiocese de Montes Claros; a Oeste com a Diocese de Paracatu e Arquidiocese de Diamantina; a Leste com a Diocese de Janaúba. Toda a sua extensão é banhada pelas águas do Lendário Rio São Francisco que corta todo o seu território no sentido sul-norte levando vida e esperança às populações de vasta região. O velho Chico como carinhosamente é conhecido, fecunda as terras às suas margens e se constitui em fonte de vida para muitas populações ribeirinhas. Atraem turistas, pescadores, pecuaristas, exploradores de todas as partes de Minas, do Brasil e mesmo do exterior. Como Região semiárida o norte mineiro é premiado a maior parte do ano com intensa luz solar e calor elevado. Sua temperatura atinge cerca de 35° no verão e sua vegetação é, na sua maior parte, constituída pelos biomas: Serrado e Mata Seca. É também conhecida como a terra dos pequizeiros, umbus e barus, frutos do serrado muito apreciados na culinária local e dos quais muitas famílias tiram seu sustento. Em toda a Diocese atuam 32 presbíteros, sendo 26 do clero diocesano e 06 provenientes da Congregação dos Missionários da Sagrada Família. Atuam também 05 diáconos permanentes e 06 religiosas. A Diocese conta atualmente com 11 jovens estudantes no seminário, sendo 08 seminaristas maiores, cursando filosofia e teologia, e 03 no propedêutico. Considerando a população da Diocese no que se refere aos presbíteros, a Diocese de Januária tem em média 10.098 habitantes por sacerdote.
CRIAÇÃO DA DIOCESE DE JANUÁRIA E SEUS BISPOS
Em meados da década de 50, quando se faziam os estudos e preparativos para a criação de uma nova Diocese no norte mineiro, o virtuoso Arcebispo de Diamantina, Dom Joaquim Silvério de Sousa, desejava que a cidade de Januária fosse escolhida para nova Sede Episcopal. No decorrer dos anos, aumentavam sempre mais os desafios pastorais e as necessidades espirituais do povo da região e se fazia urgente a criação de um nova Diocese. Foi então que o Papa Pio XII, atento ao progresso espiritual da Igreja católica no Brasil, sancionou a esperada medida que no dia 15 de junho de 1957, pela Bula “Laeto Auspicio” (com auspiciosa alegria) criou a Diocese de Januária desmembrando-a em grande parte do território da Diocese de Montes Claros e uma porção menor da então Prelazia de Paracatu, hoje também Diocese. A instalação da Diocese ocorreu de forma solene, contando com a presença do Arcebispo Metropolitano de Diamantina, Dom José Newton de Almeida Batista, do Bispo de Montes Claros, Dom José Alves de Sá Trindade e do Bispo eleito de Januária, Dom Daniel Tavares Baeta Neves. Na noite de 25 de outubro de 1958, em frente à Catedral, deu-se a Instalação Canônica da nova Diocese. No dia seguinte, Dom Daniel tomou posse mediante a presença honrosa do Presidente da República, Dr. Juscelino Kubistchek de Oliveira em sua comitiva chegaram também o Governador de Minas, Dr. Francisco Bias Fortes, as autoridades Dr. José Maria de Alkmin, Dr. Tancredo Neves e os Bispos, Dom José Pedro Costa de Caetité – BA e Dom Eliseu Van Verger, Bispo do Prelado de Paracatu. Na noite daquele mesmo dia, Dom Daniel presidiu majestosa procissão luminosa, com à frente a imagem da Padroeira, Nossa Senhora das Dores. As festividades foram encerradas com solene “Te Deum” (A Ti ó Deus) e bênção do Santíssimo em presença de numerosa multidão de fiéis